Ana Paula Figueira nasceu em Beja, em 1965. Doutorada em Gestão de empresas, na área específica do Marketing, é docente no Instituto Politécnico de Beja e, desde Novembro de 2017, sua Pró-Presidente para o Planeamento, Marketing e Comunicação. Integra a lista de peritos da Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES). Paralelamente à atividade académica tem estado ligada a muitos projectos externos e de intervenção social e comunitária. Desde 2011 assina uma coluna de opinião no Diário do Alentejo. Tem diversos trabalhos publicados, tanto de cariz técnico relacionados com a sua área de formação académica, como livros infantis e coletâneas das suas crónicas.
13 – Sem Reservas Nem Tabus, de 2010, foi a primeira publicação de, precisamente, 13 livros até à data, como autora ou co-autora. Responsável pela implementação de estratégias de marketing inovadoras, na promoção de instituições públicas e de ensino, protagonizou o lançamento do perfume do IPBeja, em março de 2018, e, ainda no final do ano, de marcadores em prata e de um conjunto de 4 chávenas, alusivas a cada uma das escolas que compõem a Instituição.
Ana Paula Figueira é a Senhora que se segue no Expoente M.
Tem a vida que idealizava?
No livro em que sou co-autora – RAÍZES DE VIDA – escrevo, a determinada altura, que agradeço à Vida: pelo muito, pelo pouco, pelo nada! Como tal, diria que a minha vida corresponde ao caminho que percorri até agora e sinto-me grata por tudo aquilo que ela me tem proporcionado.
A intervenção/participação na sociedade deve ser uma preocupação de todos?
Sim, claro. É um princípio de cidadania.
No seu caso como a pratica?
Faço-o nas minhas aulas e no meu dia-a-dia: ensino a importância de formar uma opinião e expresso a minha opinião sobre qualquer assunto, desde que tenha tido oportunidade para a formar; caso contrário, limitar-me-ia a ser mais um veículo de opiniões de massa que – bem sei – serve o interesse de muitos grupos, mas que pouco me interessa a mim.
Como vê a conciliação, atualmente, da vida profissional e familiar/social?
É um desafio diário. Faço-o com a ajuda e com o respeito que o meu marido e o meu filho têm relativamente à minha atividade profissional, que é muito exigente.
Na sua vida existe equilíbrio entre a vida profissional e familiar/social?
Procuro que exista. Contudo, nem sempre consigo ter êxito. Mas entendo isso como algo normal.
Já sentiu que a sua afirmação profissional e/ou pessoal foi dificultada ou condicionada por ser mulher?
Julgo que ainda persistem preconceitos relativamente às funções que as mulheres devem desempenhar socialmente. Isso continua a condicionar um pouco o papel da mulher na sociedade. Pessoalmente também já os senti.
As mulheres partilham pouco, guardam muito para si?
Em média, não me parece. As mulheres têm vindo a afirmar a sua autonomia e independência cada vez mais, alicerçada na partilha de causas e de conhecimentos.
O que é preciso para que as mulheres possam ver garantido o seu direito à igualdade?
O respeito pela diferença de género.
Como podem as mulheres contribuir para a concretização dessa Igualdade?
Sendo simplesmente mulheres com opinião e expressando-a com dignidade e respeito pelas opiniões alheias.
Qual é o seu maior sonho?
Ter tempo e disposição para concretizar as ideias que me continuam a inquietar.