LISA FERRO
Alentejana que se diz do Sul por não saber ao certo o que lhe define a origem.
É conscientemente do Norte no que ao privilégio diz respeito.
Diz que odeia pessoas.
Gosta da solidão mas acomodou-se ao ruído das gentes que lhe vivem por dentro.
É pessoa de causas mas não de colectivos.
Gosta de discordar. Inclusive de si própria.
Oscila entre a calma e a tormenta. Revê-se nas encruzilhadas.
Não sabe exactamente o que significa isso de ser mulher. Gosta de SER.
É, neste instante, já diferente do que as linhas acima descrevem.