O amor à sexta-feira!
Nádia Mira
Porque o amor também se faz de luxúria, comecemos pelo que verdadeiramente interessa – Kate Moss em lingerie a dançar num varão!
Sensual e hipnotizante, é a dança erótica da supermodelo britânica no videoclip realizado por Sofia Copolla que hoje me faz trazer aqui The White Stripes.
O duo norte-americano, formado em 1997 por Jack e Meg White, tem como forte aposta um som lo-fi e a simplicidade dos seus arranjos, o que lhe valeu, por exemplo, a autoria do segundo riff mais conhecido do planeta, na incontornável “Seven Nation Army”
A acompanhar o conhecido hino do duo, no álbum “Elephant”, está esta versão de “I just don’t know what to do with myself”.
A vida da canção começou em 1962. Da autoria de Burt Bacharach e Hal David, “I just don’t know what to do with myself” foi gravada pela primeira vez por Chuck Jackson em 1962, porém esta versão foi arquivada e permaneceu desconhecida até aparecer na compilação “Mr. Emotion” de 1984, editada pela Kent.
Também em 1962 a canção foi gravada por Tommy Hunt, no entanto foi a versão de Dusty Springfield, (ver aqui) talvez a mais bonita de todas as versões existentes (peca apenas por não ter um vídeo com uma Kate a dançar em lingerie) que em 1964 popularizou a música.
Existem ainda versões de Dionne Warwick (1966) ou Marcia Hines (1976) e outras dezenas que nem merecem referência e existe a versão dos Whites Stripes que em 2003 decidiram reinventá-lá dando-lhe um som sensual de rock cosmopolita.
Como se não bastasse, a banda teve ainda a feliz ideia de convidar Sofia Copolla, responsável por sucessos como “As Virgens Suicidas” ou “Lost in Translation”, para realizar o vídeo.
Sofia Copolla lembrou como partilhou com Jack White a ideia para o vídeo “Disse-lhe: ‘Eu não sei, que tal Kate Moss fazer uma dança do varão?’ ” Coppola recordou ” Sugeri isso porque era algo que gostaria de ver. É assim que trabalho: tento imaginar o que gostaria de ver”. Gostámos todos, Sofia!
Tantos anos e tantas versões depois, continuamos sem saber muito bem o que fazer de nós próprios, sobretudo quando o assunto é o amor e/ou a sua ausência. Faz falta, talvez, que nos inspiremos no vídeo de Copolla “which keeps things simple”… simple and sexy!
Hoje é sexta-feira, dia ideal para começar a olhar o amor como quem vê uma pole dance.