Dos dias de hoje

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A Rosa

Madalena Palma

E se pudéssemos eliminar algo do mundo o que eliminávamos?

Esta pergunta surgiu há dias e desde então tenho tido dificuldade em escolher apenas uma coisa.

Não é tarefa fácil.

As opções passam pelas doenças, a crueldade animal, a fome, a xenofobia e todas as palavras que atacam os direitos humanos, os gafanhotos, o dinheiro, a ignorância (sentido pejorativo), as canções de natal, a cor roxa, o poder, a guerra e por aí adiante. Escolher uma não é fácil. Já fizeram esse exercício? Não? Então façam. Escolham apenas uma coisa que eliminavam do mundo. E depois façam também o exercício de como seria viver num mundo sem essa coisa. Seria um paraíso, não é?

Mas digo-vos já que o verdadeiro paraíso seria se o mundo vivesse sem pessoas, porque são as pessoas a primeira coisa a eliminar.

Estes seres autómatos, sim autómatos porque de humanos temos cada vez menos e cada vez mais imitamos a essência que nos criou. A nossa origem.

Moldamo-nos ao mundo que nos rodeia e cada vez somos mais carneiros sem capacidade ou vontade de raciocínio. Caminhamos para extremos que nos toldam a capacidade de ser, de existir, de meditar, de desocupar a mente porque estamos assoberbados com o lixo que nos inunda diariamente.

Somos caminhantes num mundo de alcatrão que não permite pegadas ou enraizamentos firmes. Permite sim um rasto de gosma como se fôssemos lesmas sem espinha dorsal ou verticalidade alguma.

Eu sei Rosa que hoje isto parece diferente. Mas as pessoas cansam. Sei também que não devia generalizar porque não é coerente mas é nesta incoerência que vivo e caminho e é ela que me estimula e impulsiona e é só assim que o meu mundo avança por isso desculpa lá isto hoje.

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